Olá, caros leitores! Bem vindos à coluna de finanças deste mês. Thich Nhat Hanh, um monge budista e escritor Vietnamita, disse uma vez: “As pessoas têm dificuldade de abandonar seus sofrimentos. Por medo do desconhecido, elas preferem sofrer com o que é familiar”.
Quando se fala sobre investimentos financeiros, temos a tendência de nos afastarmos, lembrando de todos os filmes e histórias sobre “aquele investidor” que perdeu tudo na bolsa de valores. Acontece que, na vida real, investir é bem menos empolgante e muito mais valoroso do que em Hollywood.
Primeiro, vamos tratar de definições: investimento financeiro envolve aplicar dinheiro em um ativo. Um ativo é tudo o que vai lhe trazer dinheiro, e nesse caso, pode ser um título público, uma ação, um fundo imobiliário etc. O rendimento, ou seja, a multiplicação dessa quantia, ocorre de variadas formas, podendo ser por juros compostos em cima do valor, pelo aumento do preço de mercado de um imóvel ou pelo crescimento de uma empresa da qual você tem uma ação. Em todos os casos, mais ou menos arriscado, o objetivo é que o seu dinheiro gere dinheiro.Mas mais do que isso, investimento é uma forma inteligente de poupar sem que seu capital fique parado perdendo valor. Isso porque, investir deve ser um hábito mensal, no qual você vai tirar um pouco da sua renda e aplicar em um ativo que vai crescer ao longo do tempo e construir seu patrimônio.
E por que isso é importante? Principalmente, por toda a insegurança e risco que envolvem nosso cotidiano. É a inflação tirando o valor do seu dinheiro, a aposentadoria e o salário ficando cada vez menos suficientes, o custo de vida aumentando, e todos os outros desafios que você, caro leitor, sente no bolso.
Em meio a esse cenário, temos diversas necessidades e objetivos, e é por isso que há diferentes tipos de investimentos. Por hora, vou lhe dar um exemplo de uma aplicação com mínimo risco, capaz de livrar seu dinheiro da perda para a inflação: Tesouro Direto, IPCA +. Esse é um título público de renda fixa do governo, por isso é tão seguro: o governo não vai falir, e você vai receber o prometido. Você o adquire em uma corretora de investimentos por uma quantia de aproximadamente 30 reais, emprestando seu dinheiro para o governo. Com o tempo, ele vai lhe render a taxa da inflação do ano somada de uma porcentagem conhecida. Então, quando der o prazo, seu dinheiro retorna para seu bolso, somado de juros, sem perder poder de compra e acrescido de uma porcentagem extra.
Parece simples, não? É porque é! E faz muita diferença. Investimento não é somente para quem tem muito dinheiro e muito conhecimento, é para quem tem disciplina e vontade de aprender. Detalhe: um investimento pode ser tão arriscado quanto você preferir, então se seu medo é perder tudo, há investimentos com mínimo risco, perfeitos para você.
Tudo o que você precisa para começar é:
- Ter um orçamento, definindo uma quantia que caiba em seu bolso para investir todos os meses;
- Definir seus objetivos de vida a curto, médio e longo prazo;
- Se informar e escolher os investimentos adequados para cada um dos seus objetivos;
- Criar uma conta em uma corretora de valores (Xp, Rico);
- Fazer uma transferência TED para a corretora.
- Investir nos seus ativos.
Vale ressaltar que se tratando de investimentos, o tempo é seu maior aliado: Não espere mais um dia. “Comece antes de estar pronto, e depois dance até chover” – Bruno Perini.
Mais uma vez, foi um prazer estar com vocês este mês, leitores! Até a próxima.